O tudo vira nada
É questão de tempo.
Toda areia do deserto
Se vai com o vento.
Na vida de abismos em abismos
Cada passo é um suicídio,
Uma jornada solitária,
Sem nenhum auxílio.
Quando o fim chega,
Não resta mais nada.
Só um mergulho no vazio,
De um ser sem asas.
Queda livre é o que resta,
Mas quero uma queda sem presa.
Pois sei que ao menos...
A queda me liberta!